domingo, 30 de setembro de 2012

Igreja portuguesa de Olivença eleita "melhor recanto de Espanha"

O passatempo “O Melhor Recanto de Espanha 2012”, promovido pela petrolífera Repsol, e que contou na sua fase final com votações online, elegeu na noite de quarta-feira este monumento do século XVI de estilo manuelino para o top de sítios a visitar. A igreja portuguesa que fica na Extremadura espanhola conseguiu, assim, destronar a Lagoa da Cigana (em Castela-La Mancha), que ficou em segundo lugar, e o Forau de Aiguallut (Aragão), o terceiro mais votado. Mas a votação reacendeu, sobretudo, uma guerra antiga, com a comunidade portuguesa a mobilizar-se para eleger a igreja portuguesa. Tudo isto porque Olivença é palco de uma disputa, velha de mais de dois séculos, sobre ser portuguesa ou espanhola. Espanha anexou o território em 1801 mas ainda hoje Portugal não reconhece tal anexação desta cidade fronteiriça localizada na Extremadura espanhola, repleta de história e traços da cultura lusa, incluindo monumentos como a Igreja de Santa Maria Madalena (conhecida como Igreja da Madalena). Uma disputa que desta vez se fez nas redes sociais. Pela Internet, vários foram os movimentos portugueses de apoio e incentivo ao voto na Madalena. Nomeadamente o Café Portugal, portal dedicado à cultura e tradições portuguesas e que mereceu até o apoio de Marcelo Rebelo de Sousa à iniciativa no seu espaço televisivo na TVI. E particularmente, tendo em conta a sua dimensão (quase 550 mil aderentes), o Descobrir Portugal, comunidade do Facebook que se redobrou em incentivos ao voto, justificando que "votar na catedral construída pelos portugueses é dar visibilidade a Olivença". Do lado espanhol, a igreja também recolheu fortes apoios, com direito a divulgação pelo turismo e autarquia locais. Já nesta quinta-feira, num comunicado de reacção à eleição, o Grupo dos Amigos de Olivença alerta que “esta escolha, das quais se desconhecem os critérios, não será certamente inocente e deverá levar todos os portugueses a questionar quais os reais motivos dos organizadores do evento colocando um monumento tipicamente português como representativo de Espanha”. Para este grupo, a escolha representa mesmo uma “indecorosa tentativa de legitimação da ocupação do território de Olivença junto da opinião pública portuguesa”. “Nem mesmo escamoteando a verdade se pode entender como pode uma catedral portuguesa, na nossa Olivença, ser representativa da Espanha. A igreja da Madalena nada tem de espanhol e ali nada há de estremenho”, lê-se na mesma nota, onde o grupo insiste que “Olivença é um território juridicamente português ocupado ilegalmente por Espanha”. “A escolha da igreja da Madalena é certamente vista por muitos portugueses, no mínimo como muito infeliz, no máximo como uma provocação a Portugal patrocinada pela Repsol”, conclui o comunicado. Uma "jóia" do património Segundo o resumo patrimonial do Turismo de Olivença, a Igreja de Santa Maria Madalena é considerada uma "jóia" oliventina e do património manuelino português. Data da primeira metade do séc. XVI e foi mandada construir para servir como templo do local de residência dos bispos de Ceuta. O bispado de Ceuta iniciou aqui residência em 1512, tendo sido estreada por Frei Henrique de Coimbra, confessor do rei D. Manuel e o primeiro a celebrar uma missa no Brasil. Falecido em 1532 e foi sepultado no templo (existe um túmulo de mármore no local). No exterior, destacam-se falsas ameias, pináculos, gárgulas e a porta principal, com uma portada atribuída a Nicolau de Chanterene, artista que em Portugal, além de outras obras, criou a porta do Mosteiro dos Jerónimos ou um retábulo de mármore do Palácio da Pena. O interior divide-se por três naves com oito colunas que parecem evocar as amarras de um navio. Em grande destaque, os trabalhos em talha dourada do séc. XVIII, retábulos neoclássicos em mármore colorido e azulejaria."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Olivença é minha, é tua, é nossa.. é Portuguesa.


Cripto-Portugueses

É dificil imaginar, depois da barbárie praticada pela Espanha ainda subsistam descendentes de portugueses em Olivença. Custa a crer que ainda sobreviva algo da de uma identidade sistematicamente negada.

As pedras estão lá, mas as cabeças há muito que são as do invasor. Ao fim de dois séculos, a existência de uma identidade secretamente guardada pela população, é de todo improvável. Seria o mesmo que pedir a um Inca actual que se identificasse com os seus antepassados. Os sobreviventes que existem devem ser necessariamente esporádicos. O Etnocídio foi aqui, como na América Latina, perfeito. A Espanha tem uma longa tradição neste tipo de crimes contra a humanidade.

Estamos em crer que a actual população de Olivença é maioritariamente descendente de antigos de usurpadores espanhóis (ladrões, assassinos, violadores, etc). Há todavia alguns estudos surpreendentes que apontam para outras conclusões e que não podem ser descartadas: a existência de descendentes de portugueses. Gente que sobreviveu durante dois séculos a condições inacreditáveis de humilhação, discriminação e barbárie.

Em 2005, uma investigadora da Universidade de Évora (Ana Paula Fitas), apresentou uma tese de doutoramento sobre a identidade cultural do povo de Olivença. Após dois anos de pesquisas junto da sua população, afirma que na sua maioria esta não se identifica com a Espanha mas com Portugal (Expresso,23/4/2005), embora se sinta magoada com o abandono a que foi votada pelos sucessivos governos portugueses. Esta conclusão não é nova. Em 1992, Carlos Luna (cfr. Nos Caminhos de Olivença), ao descrever uma incursão que fez por Olivença e as suas principais povoações, chegou às mesmas conclusões, mas com uma nota muito interessante: uma parte significativa das muitas pessoas com quem contactou tinha nomes portugueses. A Espanha ainda não tinha conseguido exterminar, em 1992, toda a população de origem portuguesa, muitos terão sido aqueles que haviam resistido à barbárie. Embora seja uma conclusão inacreditável, dada a experiência histórica que a Espanha revela neste tipo de operações, a verdade é que a mesma não pode ser descartada.

( http://imigrantes.no.sapo.pt/page6.Olivenca6.html )

Juramos lutar pela reintegração de Olivença à sua Pátria.

Santo Condestável Português, na tua coragem confiamos, na tua Fé e em Deus acreditamos, que nos dê a graça de Olivença voltar à Pátria Portuguesa.

Batalha de Aljubarrota do séc. XXI

Por São Jorge, Por Portugal!

Está atento, novidades para breve.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Catalunha independente, uma causa também Portuguesa


Segundo o vice-presidente da autonomia catalã, Josep-Lluís Rovira, “Espanha ainda não assumiu que Portugal é um Estado independente.” O governante catalão referiu a existência de uma atitude “paternalista” e de um “imperialismo doméstico” como exemplos dessa posição por parte do Estado central espanhol.

As declarações deste influente político catalão não surgem descontextualizadas… Foram proferidas no âmbito de uma movimentação que é crescente na Catalunha e que visa optar o número suficiente de apoios para declarar a independência da Catalunha de Espanha e têm como objectivo cativar Portugal para apoiar esta causa, junto de Espanha, mas sobretudo, junto das instituições europeias. O projecto terá o seu apogeu previsto num referendo a realizar na Catalunha em 2014 e onde essa opção será sufragada pela população.

Como bem referiu Rovira, “o que menos interessa a Portugal é uma Espanha unitária” e, sobretudo, “uma Catalunha independente na fachada mediterrânea poderia ser o contrapeso lógico ao centralismo espanhol“. Não nos devemos esquecer que se Portugal é hoje um país independente do “império de Castelo”, normalmente conhecido como “Espanha” tal se deve em primeiro lugar ao facto de em 1640 a revolta portuguesa ter coincidido com a revolta catalã. Na época, nos primeiros meses, a Espanha teve que optar entre reprimir os catalães ou os portugueses. A opção estratégica pela manutenção da Catalunha fez desperdiçar meses preciosos e deu a Portugal o tempo suficiente para reorganizar o seu exército e buscar apoio exterior, sobretudo em França. Sem a revolta catalã de 1640, hoje não haveria Portugal, mas mais uma “região autónoma” de Espanha.

Por isso, quando os catalães se movem para expulsar o jugo castelhano, Portugal deve pelo menos mostrar-se solidário e aliás Rovira invoca essa memória ao dizer: “A Catalunha é como Portugal mas sem os Restauradores”.

domingo, 31 de janeiro de 2010

O ESTATUTO DA EXTREMADURA ESPANHOLA FOI ATRASADO... POR CAUSA DE OLIVENÇA!


"O novo estatuto autonómica da Extremadura Espanhola deverá ver a
sua aprovação
atrasada, e ser obrigado a contemplar a existência do Português de
Olivença e Táliga.

Recorde-se que, em 2008, o Português de Olivença e Táliga foi
considerado pelos
departamentos especializados da União Europeia como sendo uma
caracteríataca cultural
pouco acarinhada, e muito menos "protegida"... e isto
independentemente de considerações
sobre a legalidade da Soberania a que a região deverá obedecer.
Agora, nas Cortes espanhola (Parlamento), o Grupo parlamentar do
Bloco Nacionalista
Galego impediu a aprovação do Estatuto da Região da Extremadura,
exactamente porque
considera que o Português de Olivença é algo muito específico e já
alvo de reparos
europeus quanto à sua situação no terreno, e tal particularidade não
se encontrar
referida no Estatuto proposto. O grupo parlamentar em questão quer
também salvaguardar
outros aspectos, como o do dialecto "galaicoportuguês" que se fala en
el Valle de Jálima
(Serra da Gata).
Parece, pois, que apesar de alguma inexplicável quase indiferença
em Portugal, que
francamente não parece minimamente lógica, o Português de Olivença vai
somando algumas
vitórias, pelo que o grupo oliventino que por ele mais se bate (a
Associação "Além
Guadiana") se pode orgulhar de, em pouco tempo, estar a alcançar
sucessos notáveis.

Espera-se que, da parte de autoridades portuguesas, nomeadamente dos meios
intelectuais, surjam reacções de regozijo e apoio perante tais novos
desenvolvimentos.
Vamos a ver o que se seguirá!"

Estremoz, 17 de Dezembro de 2009
Carlos Eduardo da Cruz Luna

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Evocação a Olivença


Aqui fica um pequeno excerto evocando o significado cultural bem Português de Olivença, de nós para nós.

«Ir a Olivença é como percorrer, com todos os rituais que nos
são comuns, os labirintos de uma saudade bem nossa.
Aquela saudade que vem de dentro – do peito e da memória
remota – de cada um. É sempre uma viagem ao passado (de
muitos tempos) através dos dados identitários de diversificados
momentos que abruptamente vêm à tona, por entre os objectos,
as suas susceptibilidades e nós próprios.
Será (talvez) por estas razões que nos descobrimos inteiros em
Olivença. Ou também porque Olivença é um destino preferencial
de peregrinação. Diríamos mesmo de turismo de alma, rico e
único, nesta Europa em que afirmamos (ou pensamos afirmar)
que estamos integrados. Idas e voltas explicadas por coisas
inexplicadas. São sinais dos que chegam e dos que nunca lá
foram, porém, desejam saber como é.
Mas se atentarmos bem, presumimos que não se deve falar de
um turismo corrente ou espontâneo, pois ver ou rever as casas e
as chaminés comuns, as muralhas, os baluartes, o castelo e as
igrejas repletas de artes bem marcantes para o nosso espírito,
deixa-nos reconfortados e reconciliados.
Labirinto da nossa saudade são as ruas, os espaços e os largos,
onde em cada ângulo se levanta uma ponta do nosso
compromisso. Repositório de muitas destas imagens a partir das
quais, numa visão repartida, reflectimos – sem ressentimentos
nem subterfúgios – o companheirismo e a velha irmandade para
com Olivença e o seu povo».

[Do livro «Olivença no Labirinto da Saudade» de Marília Abel, Carlos
Consiglieri e Serrão de Faria]

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Não esquecer - Não morrer

O que faz uma MÃE quando lhe roubam a filha?
A sua PRIORIDADE será recuperar a sua filha, fará tudo para a recuperar.

O que é que já fizemos até hoje para recuperar Olivença?

Vamos fazer tudo para não sermos mais uma geração que fracassou.
Não podemos esquecer Olivença.
É importante falar sobre o assunto, explicar as pessoas a verdade, no trabalho, na escola, com os amigos, com as namoradas, com a família, não é uma causa política, nem é de esquerda nem direita, não é monárquica nem republicana.
Falhou a Monarquia, falhou a Republica, falhou Salazar, não vamos falhar nós.
Houve alguns que lutaram, recordo-vos que um dos fundadores do Grupo dos Amigos de Olivença foi Ventura Ledesma Abrantes que se fixou no Estoril a partir de 1938, conseguiu convencer o ministro da Justiça da altura a conceder-lhe um Bilhete de Identidade Português! http://www.somosportugueses.com/modules/articles/article.php?id=348
Olivença não é uma causa de saudades, não é uma causa de nostalgia, é uma causa de honra e amor a Portugal.